Existem diversas abordagens que podem ser utilizadas na prática clínica da nutrição, dentre elas, o comer intuitivo. Criado por duas nutricionistas americanas, Evely Tribole e Elyse Resch, o comer intuitivo propõe que que as pessoas aprendam a confiar em sua habilidade de escutar o próprio corpo e diferenciar sensações físicas e emocionais e, a partir disso, entender o que o corpo realmente precisa.
O comer intuitivo baseia-se em 10 princípios1:
- Rejeitar a mentalidade de dieta.
- Honrar a fome.
- Fazer as pazes com a comida.
- Desafiar o policial alimentar.
- Sentir a saciedade.
- Descobrir o fator de satisfação.
- Lidar com as emoções com gentileza.
- Respeitar o corpo.
- Exercitar-se notando a diferença.
- Honrar a saúde.
Nesta prática, é importante entender que restrições não são necessárias. Qualquer alimento pode ser consumido se inserido dentro de um padrão alimentar saudável e equilibrado. Dessa forma, retira-se o fator da culpa, que muitas vezes leva o indivíduo a um ciclo de culpa/compensação que resulta em prejuízos à saúde – tanto física quanto mental.
A prática incentiva também a atenção aos sinais do corpo:
Deve-se buscar diferenciar a fome física, de caráter fisiológico e relacionada a falta de energia do corpo, da fome emocional, ligada a sentimentos, sensações e ao prazer de comer, além do melhor entendimento das sensações de fome e saciedade.
O objetivo do comer intuitivo é pacificar a relação dos indivíduos com os alimentos e emponderá-los para fazerem melhores escolhas alimentares, escolhas conscientes que considerem suas necessidades fisiológicas e estejam alinhadas com fatores emocionais. Dessa forma, busca-se pacificar a relação das pessoas com os alimentos e seus próprios corpos, favorecendo sua saúde.