Apesar do crescimento acelerado nos últimos anos, ainda é restrito o número de pessoas que adotam uma alimentação vegetariana estrita ou vegana. De acordo com dados da Euromonitor, em 2020, veganos e vegetarianos representavam 4% e 6% dos consumidores globalmente1. No entanto, vem se tornando cada vez mais significativo o número de pessoas que buscam restringir produtos de origem animal – são os chamados “flexitarianos”.
Os flexitarianos são aqueles que não adotam nenhum tipo de dieta vegetariana, mas buscam reduzir a ingestão de produtos de origem animal no seu dia a dia, especialmente proteínas.
Com rápido crescimento, esse público já corresponde a 42% dos consumidores1, sendo os principais motivos2:
- Sentimento de saudabilidade;
- Melhora da saúde digestiva;
- Melhora da aptidão física;
- Preocupações éticas e ambientais.
O número expressivo de consumidores adeptos a tal estilo de vida tem chamado a atenção da indústria, que vem buscando desenvolver produtos voltados a esse público, especialmente no setor de lácteos e proteínas. Entre 2015 e 2020, o crescimento de substitutos de carne e leites alternativos foi de U$ 9 bilhões3.
Dentro desse movimento, uma das ações de maior visibilidade é a campanha Meatless Monday, ou Segunda Sem Carne, como é chamada no Brasil. Apoiada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e realizada em parceria com empresas privadas e instituições públicas, a campanha brasileira é considerada a maior do mundo4.
De acordo com a entidade, o objetivo da campanha é conscientizar as pessoas sobre os impactos que o uso de produtos de origem animal para alimentação tem sobre os animais, a sociedade, a saúde humana e o planeta, além de incentivar a experimentação de novos alimentos, combinações e sabores resultantes da substituição da proteína animal. O site da campanha indica que o impacto da retirada de produtos animais da dieta por apenas um dia (considerando um cardápio que incluí 38g de ovo, 290g de carne e 450ml de leite) seria a redução de 11kg de gás carbônico (CO2) emitidos na atmosfera e 60 litros de água.
Em conclusão, seja por questões de saúde, éticas, ambientais ou outras, a “dieta flexitariana” vem ganhando força e relevância e tende a crescer nos próximos anos, incentivando as indústrias a buscar opções adequadas a esse novo estilo de consumidor.